segunda-feira, 9 de abril de 2012

DESABAFO CONTRA A VIOLÊNCIA.

"Quando me deparo com tanta violência, fico tão chocada que me inspiro em histórias para expressar minha indignação. Fico completamente “possuída” por uma vontade incontrolável de me transformar em um monstro. Mais não seria um monstro como nos filmes. Quem sabe um vampira moderna com muita sede de sangue e vingança. Seria boa para os bons e muito má para os maus. E não seria uma vampira que pousaria em uma cidadezinha no interior da Inglaterra na idade média, que atacaria jovens de classe média; mais sim, viria voando dos céus e pousaria em plena linha vermelha e atacaria com total crueldade aos malfeitores que estariam ali se preparando para mais um ataque cruel à população. Morderia o pescoço de cada um e beberia todo o seu sangue quente, fazendo com que se esvaíssem no chão na presença de suas futuras vítimas, aterrorizadas pela sua crueldade. Depois sumiria no horizonte sem deixar pistas e sem que ninguém me visse. Somente minhas vítimas veriam meu rosto pálido e sujo do seu sangue. E então os valentes criminosos morreriam em meus braços e minha face seria sua última visão.
Voaria bem alto até o pico dos morros onde se encontram as mais temidas favelas, onde seus traficantes cruéis e sanguinários, se transformariam em pequenos e insignificantes ratos diante de meu poder. Atacaria um por um, sem piedade, tão rápido que não daria chance de fuga, nem tampouco de defesa, porém daria tempo suficiente para que sentissem muita dor, e pudessem pensar em todas os seus atos malévolos e cruéis. Apontariam seus fuzis e metralhadoras e atirariam em mim, sem sucesso. E enquanto matava alguns, imobilizava outros para que pudessem presenciar a morte sanguinária de seus comparsas. E o pavor tomaria conta de seus corpos, agora indefesos. Suas armas não mais os protegeria de minha fúria sangrenta. Morreriam com a imagem de minha face transformada e assustadoramente linda. Sentiriam em sua pele o gelo e o poder de minhas mãos, estrangulando suas cabeças enquanto bebia sadicamente seu sangue. E não mais ouviriam suas músicas repugnantes e sim a minha risada sarcástica e debochada que ensurdeceria seus tímpanos. E eu me deliciava não só com o sangue fresco, mais também com os gemidos e choros de desespero. Daria gargalhadas ao olhar para seus rostos apavorados de medo.
Meu ataque não duraria mais do que cinco minutos, mais para minhas vítimas seriam uma eternidade. Horas de sofrimento e dor.
Depois voaria pela noite escura e procuraria em todos os morros e matas, criminosos cruéis para continuar a alimentar minhas veias de sangue fresco e muita vingança.
Com isso acabaria com toda a violência humana nesta cidade, que infelizmente a cada dia se torna mais sitiada e apavorante.
Vingaria toda a população carioca, e livraria as pessoas de bem de todo esse mal que assola nossas vidas.


É, a violência urbana transforma nossas idéias.  O pensamento de justiça fica aguçado e faz com que tenhamos esses devaneios para não sentirmos a impotência de nossos atos.

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